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O poder da Miu Miu, do Google, do Craft, dos elogios da Dove, da Papel Semente, da Arte, dos Livros y mucho más

Branding, Arte, Marketing, Cultura, Tendências, Comportamento, Viagens. Mergulhe nessa news!

📍Onde estou
São Paulo

✈️ Pra onde vou
Salvador 

📖 Lendo
O livro do meu pai - Djaimilia Pereira de Almeida

🎵 Ouvindo
O novo álbum da Daniela Mercury: Cirandaia  

🧠 Pensando muito em…
Na máscara do “sucesso”. Tenho refletido muito sobre o custo da 'ascensão'. O que estamos sacrificando em nome do crescimento (financeiro) e da validação exterior? Tudo virou performance.

Acabei de ler dois livros que me pegaram em cheio: Mudar: Método (Édouard Louis) e A Boba da Corte (Tati Bernardi). Ambos são autoficções biográficas que exploram o “jogo social” e o nosso exercício diário como alpinistas sociais. As chances de uma metamorfose — pessoal e social — são grandes (para alguns!). 

Porém… junto disso vem a exaustão de viver sob uma máscara que nós mesmos inventamos. Colocam a gente em caixas — e nós fazemos o mesmo, com os outros e conosco, o tempo todo. Estamos nos perdendo de nós mesmos? Mergulhamos fundo e acabamos afundados em uma frustração do tipo it’s never enough. Quanta injustiça e insatisfação.

Obra Sr. Produtividade do @jeffmendesarte (acho foda!!!)

Cruzo esses dois best-sellers com a visão multidimensional dos relatórios de tendências globais, que apontam para 2030 uma busca latente por um novo tipo de autocontrole — um movimento de retorno ao maior domínio do self. Do tipo eu e minhas próprias escolhas.

Parênteses: às vezes me irrito com os streamings (e afins) me sugerindo tudo, como se realmente me conhecessem a fundo. Que saco — me deixem descobrir! (Vocês também sentem isso?).

Voltando… Para o bem-estar da nação global, acredito que há uma necessidade urgente de que nós — e também nossas marcas e personalidades — revelemos nossa verdade mais íntima. Mas o oposto parece dominar. É difícil ser quem se é.

Foto de Teslariu Mihai.

Vestimos uma imagem (quase) perfeita e inautêntica para crescer. Ou tentamos dizer que não ligamos para isso, mas é da natureza humana desejar o tal do engajamento. E, claro, também é do brasileiro se comparar e achar que tem pouco — ou que nunca é suficiente. Já leram Coisa de Rico, do Michel Alcoforado? Leiam.

Esses dias, ouvi de um jovem, rico e em plena ascensão na carreira, morador de um apartamento de três quartos na Oscar Freire, que aumentou a dose de Rivotril e, mesmo assim, não consegue dormir mais de quatro horas por noite com qualidade. Ele tem 25 anos!!! Vai ao psiquiatra, mas não faz análise!!!!

Às vezes penso que pode ser até mais fácil vestir um personagem, seguir a cartilha, jogar o jogo. O retorno e os convites parecem vir a galope. Uns remedinhos caros depois ajustam esse descompasso e todo esse “sucesso”.

Me bate um mix de preguiça — de ter que performar tanto — e um medo: de não conseguir o que quero, do jeito que quero, sem os tarjas-preta.
Algo lá no fundo da minha alma grita, me lembrando que o que mais gosto é liberdade.

Tem um problema aí, meus caros amigos: quando se tem uma boa dose dela, também é difícil lidar com ela. E, outra, liberdade ainda não dá em árvore, nem paga boletos… Corda-bamba. Como a gente descobre quem realmente somos por dentro?

Planto, Rego e Rezo. É tempo de despertar da essência e flores-ser. Literalmente!

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Elogios Reescritos e o Poder da Marca: DOVE

Achei maravilhosa a campanha da Dove para o Dia Internacional da Menina, "Reescreva o Elogio". Eles foram para várias escolas ouvir, conversar e empoderar centenas de crianças.

Autoestima e beleza real são pautas que precisam, de fato, estar nas nossas conversas. E isso deve ser implementado e construído cedo, na infância, na escola. Eu me lasquei tanto nessa época… Essa ação faz parte do projeto 'Dove pela Autoestima' - programa global de educação em confiança corporal, que, segundo a empresa,  já alcançou 137 milhões de jovens em 153 países.

A campanha é totalmente demais! A marca usa sua força e comunicação para exaltar o valor e a essência que existe nas pessoas, e não na sua embalagem ou produto.

Foi muito inteligente também eles chamarem Paolla Oliveira para impulsionar e estrelar essa ação! Ela estava na crista da onda, vivendo Heleninha, e é uma figura pública que tem lidado e fala abertamente sobre a pressão da imagem e a busca por autenticidade. Isso dá uma credibilidade imensa à mensagem. Match perfeito.

Ver esse tipo de trabalho me inspira muito. É um belo exemplo de como as marcas podem e devem fazer curadoria de suas próprias mensagens para realmente criar um valor que vai muito além da venda! Isso é branding de alto nível com foco na Onda 3 (visão de propósito e futuro).

Nesse dia, saí do escritório e, indo para casa, elogiei duas pessoas no caminho. Que tal fazer isso aí também?

Até fiz uma live surpresa no Instagram quando vi essa ação. Quer ver ? Aperta o play!

O Corre Empreendedor e a Inteligência do Sentido: Google e 10 marcas especiais

Falando em campanhas que mostram como o valor além da venda… eu já havia falado sobre a Papel Semente ter estrelado a iniciativa "5 Regiões, 10 Histórias" do Google. Ficou tão lindo!

O sucesso da Papel Semente reside na sua autenticidade de proposta de valor, na originalidade do produto, e na visão de mundo onde ESG é premissa. O Google captou isso e nos ajuda a contar e espalhar nossa história para outras empresas e pessoas. É puro suco de reconhecimento e inspiração.

Eu e meus pais no lançamento do filme da campanha go Google Workspace com Gemini

Bolei algo novo e comecei a desenvolver uma nova série de conteúdos (fiquem ligados no perfil da Papel Semente) que aborda o corre empreendedor de marcas que estão crescendo com propósito. Quero mostrar como elas equilibram impacto com sucesso.

E nesse ponto, entra a AI Gemini do Google. Me interessa ver como a Inteligência Artificial está ajudando muitas dessas empresas. Não apenas em performance, mas liberando tempo.

Em um mundo onde o jogo social e a performance geram exaustão (como falamos no início), a IA, paradoxalmente, pode nos dar mais liberdade e autonomia estratégica para que as marcas se concentrem no que realmente importa: a sua verdade, o seu talento, o seu propósito.

A tecnologia deve servir para descomplicar e ajudar e não para nos colocar no piloto automático.

Veja aqui o vídeo oficial da campanha que foi ao ar em horário nobre várias vezes.

A felicidade, A Miu Miu, o Avental e o Poder do Craft

O que um desfile de moda tem a ver com o seu negócio e a sua vida? Muita coisa!

As semanas de moda mais importantes do mundo terminaram neste mês. Fazia um tempão que eu não parava para conferir alguns desfiles. Parei e, olha só que surpresa: a coleção da Miu Miu me chamou a atenção, com looks que parecem ter como base aventais. Calma, você já vai entender — eu conectei os pontos e vou mostrar que essa pauta é muito maior do que um simples look do dia.

As peças desfiladas para o próximo verão tinham como base aventais e fazem uma forte alusão às manualidades. Isso não é um acaso isolado; é um sinal que nos ajuda a direcionar e compreender o futuro. 

Reparem nas silhuetas, estampas, cabelos, make e no cinto…

Um estudo de Markus Albers, autor do recém-lançado The Optimisation Lie (disponível apenas em alemão por enquanto) e colaborador da Monocle, revela que o craft é uma fonte capaz de melhorar nossa qualidade de vida. Isso porque a felicidade está diretamente associada à satisfação no trabalho e…

Pesquisas globais apontam dados claros: o craft é um caminho para mais felicidade. Cerca de 80% dos artesãos e pessoas que trabalham com manualidades dizem estar satisfeitos com sua ocupação, contra 55% da população em geral.

E o lookinho da Miu Miu? É um sinal disso na moda — que é uma linguagem, funciona como um termômetro cultural e está sempre lendo os sinais que o mundo nos dá… e enviando outros.

  • Ler os sinais para captar tendências: trago aqui esse ponto. O que a Miu Miu está fazendo é de certa forma valorizar o avental e o “feito à mão”, porque existe uma busca latente por algo que seja o oposto do digital e do pasteurizado. Isso é tendência. Isso é o espírito do tempo.

    A Manualidade como Antídoto: Precisamos disso para não pirar com tanta tecnologia e tantas conexões-truncadas-não-reais. O trabalho manual nos traz de volta para o autocontrole e a presença, um contraste com a exaustão da performance incessante.

    Um salve ao craft!

O olhar tem que viajar é um lema, mas nem sempre isso significa pegar um avião. Muitas vezes, uma viagem transformadora é aquela que fazemos através da arte e dos livros.

Na semana passada, estive com os clubbers (membros) do Clube dos Livros e das Panelas, um projeto bacana capitaneado por Astrid Fontenelle e Zeca Camargo, na Bienal de Arte de São Paulo. UAU!

Programão incrível, lindo, gigantolesco e gratuito!

A 36ª Bienal de São Paulo, que está sob o título "Nem todo viandante anda estradas", é uma baita de uma viagem. Demos uma voltinha com visita guiada e descobrimos que a proposta da Bienal é nos convidar a repensar a humanidade como verbo, uma prática viva.

Uma viagem pelo mundo através das artes plásticas e das palavras ❤️ 

Um poema de Conceição Evaristo, "Da calma e do silêncio", é um dos pilares do conceito curatorial e deu nome à Bienal. Um marco para ser celebrado. A propósito, lemos e discutimos sobre o último livro de Conceição Evaristo, Ponciá Vicêncio, no último domingo. Fica essa dica também.

The one and only admirável @astridfontenelle

A literatura, as panelas (gastronomia) e a arte abrem mundos! Tudo isso nos faz sair da nossa caixinha previsível. Estou achando o maior barato ouvir relatos e conversar com gente que eu não escolhi, não conheço e nem tinha ideia de quem era. Há um quê forte de surpresa nisso.

É bom e possível abrir os nossos olhos, mentes, ouvidos e corações para aumentar o repertório, aprender e vivenciar o desconhecido por meio de outros olhares, emoções, perspectivas, histórias e criações.

Cultivar a curiosidade e abrir-se ao novo nos permite ler os sinais do mundo e crescer enquanto seres humanos. É assim que evoluímos, aprendendo a ser mais gente.

Com alguns dos clubbers do nosso clubinho dos livros e das panelas. Gente boa!


Falando em panelas, viagens, sabores e amigos… leia o próximo bloco 😄 

O jabá de hoje vai para a minha amiga Pérola Polillo, que acaba de inaugurar um ponto novo e delicioso da sua Azeite Experience em Pinheiros.

Conheci a Pérola há muitos anos, quando éramos guias de viagem – daqueles que levam crianças para a Disney. Fomos muito próximos durante um tempo e, nessa época, nos apelidamos de Cherry. (A história não pode ser revelada!).

Mudando de cerejas para azeitonas e dos adolescentes mimados aos clientes exigentes, Pérola, que já era conhecida como chef de cozinha, mergulhou de cabeça no universo dos azeites. Desde 2017, ela se tornou referência no assunto e no produto.

Eu, Pérola e sua curadoria premium dos azeites (e outros produtinhos) mais mais!

No seu novo ponto, na Rua Simão Álvares, 59 (chic and cool), ela transforma o azeite em experiência — apoiando produtores, educando consumidores e fomentando um mercado de excelência O insta: https://www.instagram.com/azeite.experience/ ! É muito mais que uma loja.

Eu estive na comemoração do seu aniversário e adorei conhecer ao vivo esse novo espaço, que também funciona para locação de eventos privados.

A inauguração e o aniversário eram dela, mas ainda voltei para casa com um presente especial: duas garrafas de azeite Irarema, que estão entre os melhores azeites extravirgem do mundo. Ahhh, que delícia!

Viva as oliveiras e a amizade — tradições milenares!

  • Estou há exato um mês em São Paulo. Eu viajo muito, mas também amo ficar em casa. Troquei as velas, as flores, fui no Santa Luiza aos sábados. Tão bom!

  • Fui no lançamento do novo livro do super fotógrafo de arquitetura Denilson Machado.

  • Estive no show de abertura da turnê Ivete Clareou. Sou tiete total de mainha, mas não amei não…

  • Encontrei vários “concorrentes” meus esses dias para cafés e almoços. Falei no Instagram sobre isso. Acredito muito que precisamos juntar forças e criar alianças. Menos competição, mais colaboração. Tem mercado pra todo mundo.

  • Assisti e amei o musical Clara Nunes e o filme Malês. Espetaculares. Também vi Perrengue Fashion, novo filme da Ingrid Guimarães. Muito bom!

  • Estou preparando as últimas dinâmicas do LFDM club de 2025 e já já vou abrir as inscrições para o LFDM 2026.

  • E tô bolando um novo formato de workshop mais rápido para quem quer saber mais sobre branding e estratégias de marca para planejar o ano que vem. Uma imersão rápida, pero profunda e mão na massa. Interessados ?

  • Até que enfim provei os doces saudáveis e deliciosos da Nininha para a Dama Confeitaria.

  • Fechei um primeiro job para agosto de 2026. Ainda não posso contar, mas é GENIAL!

  • Fui na exposição surpreendente de Eva Jospin na Casa Bradesco. A arte dela com papelão é surreal. Muito lindo Olha o craft com tudow! Já fez até collab com a Dior. Mostrei isso para quem me segue no Instagram, ano passado, direto da Europa.

  • Estive em Higienópolis e enlouqueci numa padaria chamada Fabrique. Estive em Santa Cecilia e adorei um café chamado FFV. Vale muito a visita.

  • Estou assistindo a nova novel Três Graças. Adoro a Sophie Charlotte, a Andreia Horta, a Dira Paes… De olho na trama, nas publicidades e nas pautas. Adorei ver uma personagem trans com papel grande. Importante! O nome dela na vida real é Gabriela Loran!

Espero que vocês curtam essa newsletter… Faz um favor recomenda para 3 amigos 😄 É só mandar o link ❤️ 

Enquanto isso você pode me acompanhar e falar comigo pelo Instagram e LinkedIn.

beijos,

LF